Nos últimos dias as redes sociais foram tomadas por uma grande discussão: o teste em animais para o desenvolvimento das pesquisas em cosmésticos. A responsável por trazer `a tona esta discussão foi a conhecida organizacao não governamental PETA.
Mas afinal quem e a PETA?
Fundada em 1980, PETA é uma organização não governamental inglesa que tem por missão a "total liberação dos animais" tendo por atual presidente, e tambem co fundadora, Ingrid Newkrik.
Possui mais de dois milhoes de ativistas e tem sua renda originada das contribuições dos ativistas, bem como da venda de produtos como camisetas. Emprega, assim, mais de cem funcionarios, os quais seguem a politica da organizacão, de forma a nao consumirem, nem usarem qualquer especie de produto animal.
Por missão, declara a PETA ter: "total liberação dos animais", o que implica em uma defesa aos animais em não somente protegê-los dos maus tratos ou meios cruéis ocasionados por seres humanos, mas também de preotegê-los em seus direitos individuais, de forma a não concordar com o consumo de qualquer produto de origem animal, ainda que o abate seja feito de forma não cruel, e que a vida do bicho seja digna. Assim vale mencionar que a PETA não garante unanimidade em suas posturas entre os amantes e protetores dos animais.
Mas ainda que tenha uma postura radical para muitos, a PETA luta pelo fim da violência com os animais, de forma a repudiar por isso o uso destes em pesquisas, inclusive médicas, e contra argumenta que as pesquisas em animais sao menos eficazes do que as pesquisas que nao usam animais, no que concerne aos riscos a saúde da população.
Com esta radicalidade presente em sua essência, na última sexta feira, a PETA não perdoou e trouxe a público a polêmica ora aqui discutida, ao divulgar uma lista com os nomes das empresas cosmésticas que utilizam testes em animais.
A lista trás grandes marcas como Lâncome, Clinique, L'occitane, entre outras.
Muitas empresas citadas na lista pela PETA reagiram, e com justos argumentos se defenderam. A L'occitane por exemplo esclareceu em seu site: "A L'occitane não testa nem nunca testou os seus produtos em animais e dá garantias que os ingredientes-ativos e matérias-primas não são testados em animais em qualquer altura do desenvolvimento do produto ou processo de manufaturação. A L'occitane comprometeu-se há muito tempo com a supressão dos testes em aninamis dos produtos de beleza, justamente com associações como a One Voice e a PETA. Foi das primeiras companhias a ser admitidas na British Union for the Abolition of Vivisection (BUAV), em 1997. A política da China é testar os produtos de cosmésticos que irão ser vendidos no Mercado Chinês (....) Estes testes são conduzidos por laboratórios externos, na China. Em dezembro de 2011, a BUAV decidiu remover da sual lista todas as companhias que operavam na China. A PETA seguiu o exemplo este ano. Desde dezembro de 2010, a L'occitane teve reuniões com os representantes das autoridades chinesas e em fevereiro de 2011, a companhia participou de um colóquio em Bejjing - juntamente com a BUAV e as autoridades chinesas - que tinha como objetivo implementar alternativas aos testes em animais, que fossem reconhecidos por estas mesmas autoridades A L’OCCITANE está fundamentalmente comprometida em abolir no mundo inteiro os testes em animais feitos nos produtos de beleza e, ao trabalhar com as autoridades Chinesas e promover junto dos consumidores Chineses os nossos produtos, que não são testados em animais durante o desenvolvimento do produto nem no processo de manufaturação, acreditamos que se torna mais fácil conseguir um diálogo positivo e provar que é possível remover os testes em animais dos produtos de beleza. A L’OCCITANE continua a trabalhar lado a lado com a BUAV como uma das principais marcas de beleza representadas no seu Grupo de Trabalho na China. Este grupo trabalha com grupos Europeus e Chineses para promover métodos de teste alternativos. O último encontro foi em Maio de 2012 e seguir-se-ão outros encontros regulares. Para finalizar, as autoridades Chinesas lançaram recentemente um novo programa para investigar protocolos de testes alternativos e a L’OCCITANE continuará a participar pró-ativamente para que estas alternativas sejam implementadas o mais rapidamente possível."
Outras marcas mencionadas na lista da PETA estão exatamentena mesma situação da L 'occitane, e neste sentido fizeram suas declarações (entre outras nesta mesma situação destaco a johnsons e johnsons.e a clinique, que mais aparecem nas pesquisas rápidas que fiz pela internet).
O que se verifica portanto é que há mais um vilão nesta história que esconde seu rosto, as autoridades chinesas, que somente admitem vendas de produtos em seu país se passarem por testes em animais realizados por laboratórios chineses, sem qualquer interferência da marca.
Neste sentido o consumidor deve se atentar, pois será que a marca deve ser boicotada, que está nesta situação ou a China é quem merece este repudio? Será que não est;á na hora de todos pararmos de fechar os olhos e perceber que a China deve ser boicotada e que os produtos chineses devem ser deixados de serem consumidos? E não somente pelos maus tratos aos animais, mas também pelos maus tratos aos próprios seres humanos, com mão de obra trabalhadora quase que escrava, sem condições básicas de saúde, com super jornadas, baixos salários, e muitas vezes com mão d eobra infantil, para que os empresários chineses possam enriquecer. No mesmo sentido, questiono, quem realmente enriquece, a empresa cosmética ou os empresários chineses donos de laboratórios?
Por certo há vilões nesta historia, mas nao somente a industria do cosmestico (ja que muitas empresas na lista nao se defenderam alegando serem os testes realizados apenas por chineses em seus laboratorios, mas certo e que mais de um vilao existe, e a China certamente esta entre estes.
www.peta.org
Dra. Daniela Taschner Goldenstein Finkler
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